Realmente, sua trajetória de arrogância, ops, obstinação, é memorável. Levou o país aos podiuns mais altos no mundo e fez ser reconhecido o esporte no Brasil. Devemos isso a ele, o maior atleta da modalidade no país.
Em contrapartida, sua simplicidade não alcançou os mesmos níveis de suas vitórias, isso ficou claro para os que foram 'prestigiar' o evento de ontem.
Com piadinhas batidas e linguajar, digamos, pitoresco, o palestrante esboçou o desejo de se tornar o melhor q o país já viu. Acho digno, porém sua postura tem que se adequar ao público para qual ele fala. O respeito exigido para com ele próprio tem que ser estendido aos que deixaram suas casas, trocaram o horário de trabalho e enfim, todos aqueles que esforçaram-se para estar ali naquele momento apenas para ouvir o que ele tinha a dizer e com isso, somar experiências em suas vidas.
Dos xingamentos à necessidade das pessoas voltarem para casa de ônibus ao desrespeito com colaboradores do evento (acho que a maioria se compadeceu do moço que segurou, durante toda a palestra, o microfone no notebook do palco), Oscar mostrou-se uma pessoa descontrolada e egoísta, afinal, ele não precisaria de condução coletiva com horário marcado para voltar ao seu confortável hotel onde estava hospedado.
Os últimos gritos similares que ouvi na vida saíram da boca do meu PAI, reclamando de alguma trela que eu tinha feito quando pequena, mas ele, o Oscar, não devia estar lembrado no momento do seu ‘piti’ que eu e todos os que pagaram para assistir aquela palestra é que estávamos pagando o cachê e sua estadia na bela cidade do Recife. Na hora não tive reação, mas gostaria de tê-lo lembrado de que ele só estava ali pelo fato de NÓS existirmos.
Fica aqui o recado, acredito que todos nós estamos aguardando uma ‘retratação’ da faculdade para com a falta de respeito que nos foi gratuitamente dada. A palestra sobre ‘obstinação’ nos fez lembrar que fama, dinheiro e reconhecimento também podem se transformar em ESTRELISMO E PREPOTENCIA.
Em respeito aos colegas de faculdade.
Créditos: Hérika Galvão (texto), Rodrigo Motha (imagem)
